quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

Prosa e verso

Eu quero ser prosa pelo mundo, quero me derreter e deslizar pelas folhas de papel e os sorrisos apaixonados.
Quero acompanhar lágrimas em gotas de suspiros.
Quero a noite acalentando meu viver.

Quero ser prosa pelo mundo afora, ver nas flores uma beleza sem igual, sem final.
E que o infinito esteja bem aqui em minha janela.
E o ar da graça de seus tico-ticos me bajulem ao amanhecer.
Quero ser prosa viajando pelo mundo. Anoitecer. Cair sem sentir dor. Apenas dizer, escrever.
Fingir uma dor e não vivê-la. Ou viver uma dor apenas para descrevê-la. Quero ser dor.
Mas dor que se aninha no papel. Que faz chorar lágrimas que se secam facilmente.
Aquela dor que mente. Àquele olhar que de longe sente.

Mas pra você não. Pra você quero ser verso, poesia e avesso.
Contrário e começo. Um final só pra nós dois.
E nesse sonho de amor que vivemos
Quero a ternura do verbo começar, porque todas as coisas boas de verdade não devem ter outro destino senão começar a cada dia... e cada dia novamente.

[LF]

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São as lutas que você trava dia a dia que dizem quem você é e até onde você pode ir. [LF]