quarta-feira, 20 de julho de 2011

Silêncios...

E esse silêncio todo me dá uma leve impressão de que as coisas não estão mudando, de que tudo permanece imóvel, de que eu ainda estou no mesmo lugar. No entanto, eu e você sabemos que tudo mudou, que pouca coisa restou estável e que ainda há muito em nós que está se modificando. Essa calma toda é apenas um disfarce. Seu sorriso de lado é apenas mais um capricho. E os meus pés parados sobre a cama são assim a minha fuga, meu jeito de fingir que está tudo bem. Não há mais tristeza, não há medo, nem rancor. Mas há aquela certeza de que tudo que se foi deixou um gostinho de saudades e sonhos pra trás. Me consolo com a expectativa do porvir. Espero por coisas inimagináveis e por outras tantas impossíveis; mas não me desespero; eu simplesmente acredito. Porque tudo que havia antes também parecia impossível e, no entanto, aconteceu...

[Letícia de Freitas]

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São as lutas que você trava dia a dia que dizem quem você é e até onde você pode ir. [LF]